José Resende

Sobre o artista

Nascido em 1945 em São Paulo, José Resende formou-se em arquitetura pela Universidade Mackenzie em 1967. Estudou gravura na Fundação Armando Álvares Penteado e teve aulas com Wesley Duke Lee. Em 1981 concluiu seu mestrado no Departamento de História da FFLCH-USP. Resende possui ainda em seu currículo acadêmico uma bolsa de pesquisa da John Guggenheim Memorial Foudation, recebida em 1984, e atuação como professor em instituições como ECA-USP, FAAP e Mackenzie. Em 1970, fundou, juntamente com Carlos Fajardo, Frederico Nasser e Luis Baravelli o Centro de Experimentação Artística Escola Brasil, onde lecionou até 1974. Ainda na década de 1970 editou com outros artistas e críticos a revista de artes Malasartes e em 1980 foi um dos editores do jornal A Parte do Fogo.
        José Resende participou de inúmeras exposições coletivas dentre as quais, destacam-se várias edições da Bienal de São Paulo (1967, 1983, 1989, 1998), Brasil 500, Mostra do Descobrimento (1999), Bienalle de Paris (1980, menção especial), “Arte Brasileira do Século XX” (1987, Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris), Bienal de Veneza (1988) , ArteCidade (1994 e 2002), Bienal do Mercosul (2001), Documenta (1992),“Latin American Artists of XX Century” (1993, the Museum of Modern Art of N. York ) e “Arte Contemporânea: uma história em aberto”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo (2004), além de várias individuais no Brasil, Paraguai e Estados Unidos.
        Em 2003, a editora Cosac & Naify lançou um livro sobre sua obra.

“A solução clara, elegante, de articulações tensas e precárias, distingue prontamente uma escultura de José Resende. A disparidade de materiais, o recurso a laços, nós e dobras como agentes de sustentação, até a posição circunstancial no ambiente, tudo converge para uma configuração positiva que testemunha a maleabilidade inesgotável do espaço, a disponibilidade essencialmente plástica do mundo. E um fator-surpresa intrínseco reforça a sensação de se estar de frente a uma lírica desinibida, capaz de assimilar toda e qualquer matéria, armar situações tão diversas e imprevistas quanto convincentes, e de imediato singularizá-las, torná-las por assim dizer únicas. Em suma, autenticá-las mediante o poder e a graça da autoria.”

Ronaldo Brito